sábado, 17 de agosto de 2013

ISAAC SOARES DE SOUZA E O RETRATO DE SUA ARTE


                          (Por Diego EL Khouri)


Mais uma entrevista nessas páginas virtuais, lugar onde a arte pode exercer sua total liberdade de expressão. Dessa vez tenho a honra de postar esse bate papo que tive com Isaac Souares de Souza, poeta, letrista, escritor e amigo pessoal de Raul Seixas com quem teve uma parceria musical ainda não gravada e inédita com a canção “Mulher”. Fundou o fã clube brasileiro, em 1975, na cidade de Bariri-SP, em memória do ídolo imortal e amigo falecido em 1989. Em 1995, editou independentemente, o livro “Raul Seixas, O Metamorfônico”, há muito esgotado e fora de catálogo.
Em 2009, pela Editora independente Marca de Fantasia, lançou o livro ZÉ RAMALHO: O PROFETA DO TERCEIRO MILÊNIO. Também a biografia RAUL SEIXAS, O VERBALÓIDE, o livro contendo mais de 600 páginas e capítulos especiais e autorizados de grandes nomes da MPB, admiradores confessos da obra musical e filosófica de Raul Seixas, encontra-se à venda e publicado no site de livros digitais: www.clubedeautores.com.br, site em que o autor possui mais de 10 livros publicados.

Eis uma de suas canções musicadas pela banda Hangar XVIII:


1) Como surgiu a poesia em sua vida e quais influências marcaram sua formação?

Eu digo sempre que a poesia já veio entranhada em minha alma, nas artérias do coração, no meu DNA, porque desde muito criança, entre 6, 7 anos eu era apaixonado por poesia, mesmo sem entender, pois eu me lembro de ouvir na escola os professores declamando poemas de Olavo Bilac, Castro Alves, Lêdo Ivo, Ezra Pound, Fernando Pessoa, Carlos Drummond de Andrade e etc., aqueles versos me fascinavam e então comecei a rabiscar meus primeiros e imberbes versos, mas os poetas que marcaram minha formação foram os mais loucos: Gregório de Matos, o Boca do Inferno, Ezra Paound, T.S. Eliott, Augusto dos Anjos, Fernando Pessoa, Cruz & Sousa, Rimbaud, enfim, os mais malditos, nessas fontes bebi talagadas de inspiração e aprendi a desenvolver meu pensamento diante das vicissitudes da vida e me tornei um fazedor de versos, não poeta.


2) Roberto Piva dizia que “poesia é uma arte minoritária." O que tem a dizer sobre isso?

Concordo com o pensamento de Roberto Piva: A poesia realmente é uma arte minoritária, mas não no sentido de ser um segmento menos valoroso do que outro que tem a arte como intelectualizada e sim, minoritária por ser realizada por poucos que sabem pensar e não têm papas na língua, pois, o que seria da vida sem a poesia, que ousa desmascará-la, seja através de versos metafóricos ou diretos. O que são os Salmos de Davi, senão poemas? A música, esta sim, deveria ser entendida no contexto real do que Piva afirma, porque é poesia simplificada, mas pode também ser complexa, assim como o é a música de Raul Seixas, que a maioria até hoje, mais de duas décadas depois de sua morte, ainda não entendeu, ela é simples, mas ao mesmo tempo complexa e metafórica.


3) Fale como se tornou amigo do músico Raul Seixas.

Minha paixão pela obra musical e filosófica do Raul vem desde 1972, quando o vi pela primeira vez interpretando Let me Sing my Rock and roll no VII FIC, caí de quatro diante daquele magricela vestido de couro, meio Elvis e meio Luiz Gonzaga, o maior fenômeno que meus olhos já tinham vislumbrado dentro do tosco cenário da MPB. Em 1976 um amigo meu contratou Raul para se apresentar durante a campanha política que ele realizava e depois disso nossa amizade se firmou, quando em 1980, eu me encontrava preso, cumprindo pena de 12 anos de reclusão e o Raul e Kika Seixas, na época me mandavam cartas e LPs. Saí da prisão nessa mesma época e fui ao encontro do Raul em São Paulo para onde ele tinha se mudado e fui recebido com a maior honraria e carinho. O Raul na época queria me arranjar emprego, mas eu recusei porque morava no interior, cidade pequena, onde eu já havia fundado o Novo Aeon Fã Clube/Raul Rock Seixas, desde 1976 e não queria me transferir para Sampa. Continuamos a nos corresponder de tempos em tempos e essa amizade durou até 1989 quando encontraram o Raul morto. Tudo o que sei sobre poesia, música, composição e literatura, aprendi com Raul, que inclusive houvera prometido gravar uma letra minha em sua homenagem, que escrevi em 1983 e cuja letra ele guardava em seu baú, segundo me afirmou sua mãe, Dona Maria Eugênia Seixas em 1991, após a morte dele. Minha maior tristeza foi não ver esse sonho realizado, o Raul acabou não musicando minha letra e nem a gravando conforme tinha prometido e a mantenho até hoje inédita, ela foi musicada e arranjada em 1987 por um compositor chamado Duarte, que na época trabalhava com o Paulo Coelho e Roberto Menescal num estúdio que ambos tinham chamado Golden Music, mas eu fiz questão de manter o nome do Raul como compositor, porque a música foi escrita para ele e ele aprovou a letra e sempre comentava a respeito com sua mãe. Segue abaixo a referida letra, que já foi publicada em meu livro RAUL SEIXAS, O METAMORFÔNICO (1995):

MULHER
Isaac Soares de Souza/Duarte/Raul Seixas

Você é um anjo traquinas
dentro de um berço de boninas
a fazer cócegas no meu coração!
Mulher, vez em quando eu te farejo
Tal qual uma lebre arisca
que foge repelindo a isca
que o vil caçador preparou!
Você é uma besta-fera
De “ninho das graças” à “megera”
Hum! Para esgarçar a vida de um mísero amante,
És tal qual o Érebo de Dante,
Ó lúgubre tentação
Negar que o diabo te adornou
Com sedas, pedrarias e endechas
É desmentir o que Raul Seixas,
Sobre ti, declarou:
- Ó lua cheia “veve piscando”
Os seus “óios” pra mim
Ó lua cheia “cê me ajudeia”
Desde o dia em que eu nasci...





4)  Nos conte como Raul recebeu essa homenagem.

Sem pensar nesta pergunta acabei respondendo-a acima, na pergunta de nº 3, mas afirmo: Raul gostou muito dessa homenagem e sempre comentava a respeito com sua mãe, que me confirmou isso e eu nem sabia de nada, se soubesse antes teria pegado no pé do Raul pra que ele desse uma arrumada na letra e incluísse coisas dele próprio e perturbaria o maluco beleza até não poder mais para que ele a gravasse.

5) Fale sobre essa passagem  na prisão e a relação que a experiência teve em  sua arte, lembrando que Oscar Wilde, Lobão, Villon, Bocage,  entre outros artistas, criaram obras contundentes a partir dessa experiência.

Diego, não tenho nenhum problema em falar dessa época negra em minha vida. Eu fui bandido mesmo. Na verdade minha vida foi um inferno. Meu pai eras Assembléias de Deus, um homem duro que espancava minha mãe e eu, ignorante, machão e violento e era pastor, mas eu o amava demais porque entendia como ele houvera sido criado, desde os 12 anos de idade meu pai morava sozinho e já trabalhava para se manter, filho de rico latifundiário no Pernambuco, reconhecido, meu pai passava para a família o estilo violento em que ele fora criado, descendente de holandeses, que têm a ver com a cultura pernambucana. Mas meu pai sempre foi meu herói e meu guia. Aos 16 anos me vi um filho abandonado, meu pai saiu de casa e se casou com outra mulher, ficamos, eu e mais 3 irmãos menores e minha mãe, sempre muito fora de órbita e honrada demais, nunca se conformou com a separação, analfabeta e tendo ficado meio louca por causa da separação, trabalhou feito doida na roça e de empregada doméstica para nos sustentar, a fome invadiu nosso lar, cidade pequena e sem emprego, a não ser a lavoura, salário miserável e a fome batendo forte, decidi me tornar bandido, não porque tivesse a estigma da marginalidade, mas pados que eu estava vivo e merecia uma chance. Parei de estudar, enterrei meus sonhos e fui pra rua praticar assaltos e furtos, estelionatos, roubo de carros e acabei na prisão, 12 anos de condenação a primeira vez, depois de 4 anos preso saí de condicional e aprontei dpreso novamente, mais 12 anos de cadeia e mais alguns meses preso, saí de albergue e me evadi, passei 16 anos foragido. Mas já decidira mudar de vida e desde então, trabalho honestamente e exijo que me respeitem, nunca dei lugar ao preconceito contra minha pessoa, pois a prisão abriu meu pensamento e me tornou escritor, compositor e acirrou em mim o gosto pela poesia e pela arte em todos os seus segmentos. Lá eu tinha tempo pra cultura, música, literatura e para pensar. Ao vislumbrar lá dentro das podres e corruptas prisões pelas quais passei, polícia corrupta, mais bandida do que a marginália, assassina, torturadora e mancomunada com o crime, percebi que aquele mundo de imbecilizados não tinha nenhuma ligação com o mundo que eu desenhara para mim e que é o correto e tanto sofrimento me fez entender que um homem sem honra não passa de um animal sempre acorrentado e indigno. Nunca dei trela para aqueles que tentaram me fazer voltar ao crime com seus preconceitos idiotas, porque sabia que essas pessoas que acreditam que aquele que erra não merece perdão, quando eles próprios sãoos mais bandidos da história com suas mentiras, crimes, preconceitos e desejos de matar aqueles que erram. Peitei a todos e consegui impor respeito, pois sempre me senti muito mais honrado do que eles e não admito que ninguém toque no meu passado com certo ranço de desconfiança e nunca tive vergonha do meu passado porque foi o passado que me deu o presente de honradez, pois aprendi com o sofrimento a me tornar um homem digno.




6) Numa entrevista que fiz com Sylvio Passos, amigo e também parceiro de Raul Seixas, o “maluco beleza” era na intimidade “um cidadão muito preocupado com todos à sua volta, uma pessoa fina e, de certa forma, até meio careta”. Essa é a visão que você tem do Raul, sendo que também foi amigo e conviveu com o músico? E qual sua opinião sobre o documentário "Raul Seixas - O início, o fim e o meio"? 

Diego, meu caro, o Sylvio tem toda razão, o Raul era um homem muito simples, do povo, ele não tinha frescuras, bebia cachaça e frequentava bares simples, casas simples de alguns amigos meus em que Raul esteve para tomar café, conversar. Ele era povo e realmente bastante careta como diz o Sylvio. O Raul era família, poucos amigos de verdade, gente como a gente, preocupado com tudo e com todos. O Documentário “RAUL SEIXAS-O Início, o fim e o meio”? Sinceramente? Considero este documentário excelente por manter viva a memória desse gênio esboçado, esse filho da dor chamado Raul Seixas, mas o documentário peca por não conter nada de inédito, simples demais e sem nenhuma qualidade que o coloque à altura daquilo que Raul merece. O cinema brasileiro acumulou sua maior dívida ao deixar de registrar num longa o que o nome do Raul merece.


7) Você escreveu a biografia de outro músico tão  talentoso quanto Raul Seixas. Músico inclusive que foi amigo também do Raulzito, o Zé Ramalho. De que forma teve a idéia de escrever sua biografia, se foi concedida por ele e se tem alguma relação com Zé ramalho?

Essa biografia do Zé Ramalho eu escrevi em 1995 e só consegui publicá-la em 2009, numa edição independente, sem nenhuma visibilidade, desconhecida e que teve uma compilação e os originais que contêm mais de 360 páginas acabou saindo com apenas 90 páginas. Publiquei essa biografia através da Editora Marca de Fantasia, sediada em João Pessoa-PB, sem a autorização do Zé, fiz por paixão mesmo, porque considero o trabalho do Zé tão profético quanto o do Raul, ambos trafegavam por mãos diferentes, mas que davam no mesmo lugar: a preocupação com o ser humano e com o mundo em que vivemos e abestalhadamente transformamos num lugar inabitável. Depois de publicada, o Zé autorizou e não impôs nenhuma regra contrária e inclusive esta biografia foi postada no site do Zé Ramalho pra quem quiser saber mais sobre ela e sobre o trabalho apocalíptico e genial do paraibano. Publiquei ainda uma outra biografia do Zé num site de livros digitais, mas que também pode ser adquirida em formato impresso, intitulada ZÉ RAMALHO/DIGITADO EM POESIA (http://www.clubedeautores.com.br/). O Zé está retratado num capítulo especial de meu livro RAUL SEIXAS, O VERBALÓIDE, que será lançado em novembro pela Editora Gregory e tudo o que coloquei neste capítulo dedicado a ele, tem a autorização do Zé além de fotos inéditas que ele me cedeu para o livro, em 1995.

8) E a biografia de Bob Dylan?

Bob Dylan, gênio que sigo desde os primórdios da minha vida, publiquei a biografia dele também no site acima mencionado. Mas eu acho o Raul mil vezes melhor e mais genial do que o Bob. A obra do Raul é dirigida ao homem de qualquer parte do planeta, pois os problemas que atormentam o ser humano é semelhante em qualquer rincão, já Bob Dylan tem sua voltada mais para o povo americano, é mais local, assim enxergo a obra dele, mas também é válida mundialmente, mas o Raul já trabalhava com a idéia geral que atormenta o homem desde o princípio da humanidade e tenta ensinar o homem a pensar. Assim como a obra de Bob Marley, apesar de ter validade mundial, era também dirigida ao povo dele, que também não deixa de ser nosso povo.
*foto: Bob Dylan e Allen Ginsberg

9) Como vê a cena musical atualmente?

A cena musical de hoje é uma lástima, nada de novo no front, repleta de merda a que dão o nome de música, salvo raríssimas exceções. O avanço do sertanejo universitário é prova inconteste de que a música atual mergulhou num fosso de bosta e não tem mais salvação. Quando universitários se unem para formar duplas sertanejas e elegem essa porcaria para embalar suas festas e manifestações, é sinal de que a geração vai mal e que o país não tem nenhum resquício de cultura. O fim de todos os anseios. Sertanejo, funk, rap, samba, futebol, carnaval e novelas, são sinais nítidos de que culturalmente o Brasil morreu e não ressuscitará.


10) Uma poesia.

Canção da Morte, que é um poema de meu irmão e foi elogiado até por José Saramago e pelo genial Elomar.

(CANÇÃO  DA  MORTE)

ELIEZER  SOARES  DE  SOUZA

Ao  correr  dos  dias
Vejo  mais  claros  seus  contornos
Sua  presença  mais  sombria,
Mais  reluzentes  seus  adornos
Dona  de  todos  os  horizontes,
Figura  velha  e  inflexível,
Ditas,  das  cidades  e  dos  montes,
Tua  lei  velha  e  temível
Ao  soprar  o  teu  hálito  gelado
Sobre  tudo  que  perpassa  e  que  seduz
Torna  cadáver  triste  e  incinerado
E  toda  vida  em  pó,  tudo  reduz
Pronta  sempre  pra  caçada
Como  ave  de  rapina  impiedosa,
Com  tua foice  inclemente,  afiada,
Paira  tranquila,  suprema,  desdenhosa
Ao  se  abater  sobre  a  vida  indefesa
Traz  nos  olhos  a  certeza  da  vitória
Decreta  o  fim  da  alegria  e  da  beleza,
Somente  nisto  consiste  a  tua  glória
Mas  sei  o que  procuras  há  algum  tempo,
Por  mim,  que  insurpreso  e  sem  pasmo
Posso  fazer  disso  um  juramento:
Me  estremecer  contigo  num  orgasmo
Até  que  o  tempo  resolva  esta  batalha,
Até  que  tu,  com  couraças  e  tridentes,
Tenha  aniquilado  tudo,  em  todo  ventre,
Sem  que  percebas  nisto  a  tua  falha
Te  sentarás  também  mendiga
E  faminta  num  canto,  solitária
Recordarás  chorando  a  ceifa  antiga
E  ao  infinito  volverás,  já  também  morta  e  sedentária.




11) Um autor que valeu a pena ter conhecido, e outro que se arrependeu de ter lido.

Sem nenhuma dúvida, Darwin e Dostoiévski e o qual me arrependi até a medula de ter lido vários livros: PAULO COELHO. Paulo é um dos piores escritores que já li, plagiador nato e óbvio ao extremo. Não sei como é que um escritor de nível tão baixo se imortalizou e é membro da ABL. Só no Brasil pra que essas enganações criem raízes.


12) Sua opinião sobre a legalização da maconha.

Fumei maconha uma ou duas vezes durante meus 54 anos de vida, não gosto de droga nenhuma e só bebo cerveja e raramente, nenhuma droga jamais me fez a cabeça, porque não necessito de subterfúgios para entender a vida e nem para desenvolver o pensamento, mas acredito que a maconha devia ser liberada hoje mesmo, cada cabeça é um mundo e cada pessoa faz dela o que quer, sem a mão ditadora do poder apontando o caminho que cada um deve seguir.


13) No livro “Cantando um blues”, você diz que esse estilo, surgido no sul dos Estados Unidos, “é tudo aquilo que a alma humana almeja: Liberdade, igualdade e fraternidade”, a voz dos oprimidos em busca de igualdade. Vendo sobre essa ótica, qual sua opinião sobre os manifestos que estão correndo Brasil todo, e qual recado você dá pra juventude.

Na verdade o blues nasceu no meio dos escravos negros, veio dos púlpitos das igrejas evangélicas, veja na letra abaixo que abre meu livro acima comentado. Sobre os manifestos que estão ocorrendo no Brasil, não vejo nada em tudo isso, essas manifestações não darão em nada, somente apontam o descontentamento do povo diante de tanta cachorrada do governo e do poder, mas são todas vãs e sem sentido, manifestação de verdade e que assombrará a todos e conseguirá fatalmente mudar os rumos do país, tem de ser feita pela maioria do povo nas urnas, se mais de 60% dos eleitores deixarem de votar, tudo mudará, mas deixar de votar significa nem sair de casa para ir as urnas nos anos de eleições. Somente agindo desta forma haverá mudanças radicais. As ruas repletas de gente badernando e o vandalismo grasnante nas manifestações, nada mudará.


14) Finaliza a entrevista. Fale o que quiser!

Porra, cara, a entrevista “tava” tão legal até agora, pena que encerrou-se com a 14º pergunta. Mas o que tenho a dizer para finalizar esse bate-papo bom, em primeiro lugar, agradeço-te pela oportunidade e peço-te desculpas se não consegui responder à altura suas perguntas e gostaria de alertar aos jovens, que serão os responsáveis futuros pelo futuro incerto deste Brasil fadado ao sabor macabro das hienas que estão no poder, que sejam mais honrados, inteligentes e contestadores, pois o futuro do planeta está em suas mãos e se vocês prosseguirem guiados pela tecnologia, comandados pela máquina e pela lei da vantagem, pelo egoísmo e desesperança e pela ignorância que se alastra, então, meus jovens e futuros mandatários do país, estaremos caminhando para o abismo de nós mesmos. Parafraseando Zé Ramalho: Digam versos pela resistência, pulem os muros, desamarrem os laços e façam coisas pela liberdade, as alturas merecem todas as asas. Porque eu tenho o mesmo pensamento do Raul Seixas: “Eu quero é que os fracos se fodam.”

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